Matheus não só divulga e propaga o xadrez como também incita os leitores destes blog a ler livros, a exemplo de sua recente aquisição de 16 livros de xadrez.
Bobby Fischer |
Pois bem, por falar nisso, vejamos um um pouco do que representou para Bobby Fischer o livro Questions of Modern Chess Theory, de Isaac Lipnitsky.
Em meados da década de 50, nada atraía mais Bobby do que o reverenciado livro: Question of Modern Chess Theory. Para os jogadores de xadrez, o livro se transformou em clássico o momento de sua publicação - 1956. Exemplares (cópias) do livro eram escassos.
Um amigo de Fischer Karl Burger, foi o primeiro a lhe falar o sobre o livro, alimentando a imaginação do garoto prodígio sobre o que o livro conteria. Fischer ficou ávido pelo livro, e somente o conseguiu, após um especial pedido meses depois.
Bobby não se importou com a aparência do livro.
Como o livro era em Russo (não tinha ainda sido traduzido na época), ele lutava para entendê-lo, e continuamente pedia sua mãe para traduzir certas passagens do livro, para era ela um prazer que Fischer estivesse aprendendo algo sobre a língua Russa, ao passo que Bobby ficava impressionado com o livro e com o que absorvia do mesmo.
O autor do livro, ressalta bem a conexão do comando das casas centrais com o aumento da iniciativa através da mobilização de peças. Esta simples noção parece um tanto quanto rudimentar mas aplicá-la com êxito numa partida é algo difícil.
Lipnitsky ao contrário de bombardear o leitor com conceitos de xadrez, mostra de forma clara e lógica exemplos de como fazer o que recomenda.
Em seus próprios jogos Bobby passou a empregar as sugestões de Lipnitsky.
É bom lembrar que Fischer leu diversos livros de xadrez, muitos mesmo, acredito até, pelo volume de livros que devorou, ele passava as partidas de cabeça olhando só para as notações.
Jogar luzes sobre esse livro, é lembrar que o mesmo é uma obra prima da literatura Soviética. Foi escrito pelo Campeão de Xadrez da Ucrânia (por duas vezes). Especialistas Russos dizem que foi um dos livros de xadrez mais influentes do século 20.
OBS:
Alguém conhece o tema de Brístol, usado na solução de alguns finais compostos, e um belo exemplo de treino de cálculo (!)? Em breve postagem com Marcelo Cunha Guimarães.
Marcelo Cunha Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário